Estilos
Musicais
"Depois
do silêncio, o que mais se aproxima de
expressar o inexprimível é a música"
-
Aldous Huxley
A
música está sempre presente na vida cotidiana de muitos, a melodia
consegue expressar os sentimentos vividos em momentos de nossas vidas
como: alegria, amor, paz, tristeza, raiva e etc.
Algumas
pessoas tem um estilo musical com que mais se associa, mas também há
quem goste de músicas sem restrições.
Abaixo
veremos alguns gêneros musicais e um pouco de suas histórias.
O Axé, ou axé
music, é um gênero musical surgido no estado
da Bahia na década de 1980 durante as
manifestações populares do Carnaval de Salvador,
misturando frevo pernambucano, ritmos
afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e
outros ritmos afro-latinos1 .No entanto, o termo Axé é
utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes
africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que
provém da Bahia.
A
palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no
candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão
corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à
palavra da língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para
formar um termo que designaria pejorativamente aquela música
dançante com aspirações internacionais.
Com
o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por
todo o país (com a realização de carnavais fora de época,
as Micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico,
produzindo sucessos durante todo o ano, tendo como maiores
nomes Daniela Mercury,Ivete Sangalo,Claudia Leitte entre
outros.
Surgiu
no final do século 19, nos Estados Unidos, pela influencia de
musicas gospel, country e folk. O Blue realmente ganhou popularidade
no século 20, e até hoje influencia diversas bandas e cantores.
O
blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta
no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins
expressivos, evitando aquelas notas da escala maior, utilizando
sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir
dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas
similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho,
cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz
estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes,
incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou
formas de escapar dela.
A
história da música
eletrônica tem
seu marco inicial em 1948, com a difusão do Concert de Bruits pela
Radiodiffusion-Télévision Française, influência do francês
Pierre Schaeffer que criou o musique concrète, onde a composição
era feita a partir de ruídos gerados por toca-discos, além de
incluir a manipulação sonora por meio da variação da velocidade
ou do sentido de leitura das gravações.
Na mesma época o
alemão Werner Meyer-Eppler realizava experiências com síntese
sonora, ao mesmo tempo em que especulava sobre sua possível
aplicação em música. Em 1951, Meyer-Eppler e o compositor Herbert
Eimert juntaram-se a Robert Beyer, e criaram o primeiro estúdio de
elektronische musik (música eletrônica). Embora usassem técnicas
de gravação e montagem semelhantes às realizadas nos estúdios da
RTF em Paris, essas técnicas eram aplicadas apenas a sons de origem
eletrônica, gerados por osciladores elétricos.
A música
eletrônica começou a se popularizar com o surgimento dos
sintetizadores digitais, posteriormente com os samplers, porém o
“boom” ocorreu com os computadores pessoais que possuem recursos
de áudio e a facilidade para se montar um home – studio, sendo
possível emular as funcionalidades de instrumentos musicais ou de
sintetizadores através da criação, manipulação e apresentação
virtual de som.
Pode-se resumir a música eletrônica como “a
música produzida a partir de não-instrumentos, ou de instrumentos
adaptados para produzir som modificado pela eletricidade”.
Um
elemento importante para o desenvolvimento da música eletrônica
dançante foi o desenvolvimento das raves. Tais festas de música
eletrônica começaram como uma reação às tendências da música
popular, a cultura de casas noturnas e o rádio comercial. Seu
objetivo primordial era a interação entre pessoas e elevação da
consciência (uma fuga da realidade) através de diversas formas de
arte.
O
Funk é um estilo bem característico da música negra
norte-americana, desenvolvido por artistas como James Brown e por
seus músicos, especialmente Maceo e Melvin Parker. Para
especialistas da boa música, o funk não passa de uma apologia ao
crime, e não pode ser considerada como musica, mas sim, ruido
eletrônico ou lixo eletrônico, sem qualquer sentido de letra,
melodia ou som.
O funk pode ser melhor reconhecido por seu
ritmo sincopado, pela densa linha de baixo, pelo ritmo das guitarras,
pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou os
Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela
percussão marcante e ritmo dançante, e a forte influência do jazz
(como exemplos, as músicas de Herbie Hancock, George Duke, Eddie
Harris e outros).
Os
músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à
música com um ritmo mais suave. Posteriormente passaram a denominar
assim aquelas com um ritmo mais intenso, agitado, por causa da
associação da palavra "funk" com as relações sexuais (a
palavra funk também era relacionada ao odor do corpo durante as
relações sexuais). Esta forma inicial de música estabeleceu o
padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais
lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs)
e principalmente dançante. Funky era um adjetivo típico da língua
inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos
costumavam encorajar outros a "apimentar" mais as músicas,
dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!" (algo como
"coloque mais 'funk' nisso!"). Num jazz de Mezz Mezzrow dos
anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia.
Devido
à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente
considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60,
quando "funk" e "funky" eram cada vez mais usadas
no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas
indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas.
Recentemente
o Funk tem se firmado como o ritmo mais ouvido e o mais influenciador
da juventude carioca. Do morro ao asfalto o Funk conseguiu de uma
maneira não muito usual, integrar as classes cariocas, tão
grotescamente divididas na geografia da cidade. Ao falar sobre a
realidade e atual situação do Rio de Janeiro de maneira irreverente
e muitas vezes criminosa, curiosamente o Funk caiu nas graças da
massa jovem. Seu ritmo envolvente e batida forte também contribuíram
para essa adoração. Algumas letras eróticas e de duplo sentido
também revelam uma criatividade e liberdade de expressão não
comuns a outros estilos musicais no Brasil.
O
funk carioca muitas vezes faz apologia as drogas e a violência, por
outro lado tem músicas feitas para falar da dificuldade que as
pessoas da favela passam.O funk por muito tempo foi considerado
música feita para periferia, hoje em dia muitos jovens de todas as
classes, gostam e curtem a batida do funk.
A
música gospel não surgiu junto com as manifestações evangélicas,
ou seja, não existia uma separação de ritmos e estilos entre o que
tocava nas congregações e o que tocava fora delas (a não ser pela
letra).
Surgiu
na época da escravidão
americana e era um dos gêneros mais usados nas congregações. O
Espiritual Negro possui um andamento mais lento, uma letra para
meditação e era cantado a capella ou com o acompanhamento de uma
gaita (especialmente nos cultos) já que os escravos e negros livres
(depois da escravidão) não possuíam muitos instrumentos. Sua
estrutura de letra quase sempre é "A,A,B" (ou seja, duas
partes e um coro) uma estrutura muito usada na música Gospel
até os dias atuais (percebe-se assim a influencia da Espiritual
Negro no Gospel). Quanto à letra, propriamente dita, é composta por
frases curtas e simples que se entrelaçam formando
um harmonioso jogo de frases e respostas. Foi esse gênero
o que mais influenciou a música Gospel, mas essa
influencia só se deu depois de um tempo.
Thomas Dorsey
foi um pianista de Blues que abandonou sua letra agressiva passando a
tocar algo mais parecido com o Jazz, o que chamou de Gospel, mesmo
assim a "igreja" da época não achou o estilo de Dorsey
apropriado para tocar dento do santuário. Começou, então, uma saga
impressionante. Thomas gravou, por conta própria, cerca de 500
cópias da música "If You See My Saviour" e distribuiu
para congregações de todo os EUA, demorou bastante tempo (cerca de
3 anos) para que ele obtivesse alguma resposta, mas mesmo assim sua
música ainda não era conhecida, muito pelo contrário, era alvo de
muito preconceito. Thomas Dorsey trabalhou com nomes muito influentes
na música congregacional como Sallie Martin, e aos poucos (depois de
muita luta) viu o Gospel subir nos púlpitos.
O
hip-hop surgiu na década de 70 como um movimento cultural entre os
latino-americanos, os jamaicanos e os afro-americanos da cidade de
Nova York mais precisamente no sul do Bronx.
O
disc-jockey Afrika Bambaataa é considerado como o pioneiro e criador
deste movimento social altamente influente.
Em
12 de Novembro de 1973, fundou a Zulu Nation, uma organização com
objectivos de auto-afirmação que promovia o combate através das
quatro vertentes do hip-hop e que invocava “Paz, União e
Diversão”. Esse dia é, até hoje, celebrado como sendo o dia do
nascimento do hip-hop.
As
quatro vertentes do hip-hop ficaram assim estabelecidas como uma
forma alternativa para um mundo estruturado, onde cada pessoa poderia
representar um papel específico. A filosofia subjacente a este
movimento cultural era a de existirem disputas com base na
criatividade e não com recurso à violência e às armas.
A
zona do Bronx era carenciada a todos os níveis, por isso os jovens
passavam a maioria do tempo no único espaço de lazer existente, as
ruas. Foi portanto neste contexto social que sugiram as diversas
formas de exprimir a arte do hip-hop na rua.
A
sua popularidade cresceu, principalmente na primeira metade da década
de 2000, permanecendo até hoje como uma das culturas altamente
influentes na sociedade, chegando mesmo a criar um estilo próprio de
dança e de roupa, pelo que o hip-hop alcançou o estatuto de ser uma
filosofia de vida para muitas pessoas.
O
jazz tem sua origem no final do século XIX e início do século XX,
e suas raízes podem ser caracterizadas por tradições musicais,
especialmente a afro-americana. O berço se dá em Nova Orleans,
através das comunidades negras e misturando-se à cultura popular do
local e seus arredores. Esta nova forma de se fazer música
incorporava as notas do blues (blue note), chamada e resposta, forma
sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime.
Os instrumentos básicos são aqueles usados em bandas marciais e
bandas de dança: metais, palhetas e baterias. Todavia, o Jazz, em
suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.
As
origens da palavra Jazz são incertas, mesmo sabendo-se que suas
origens estão na gíria norte-americana, apresentando vários
derivados. Como música, só tem sido aplicado a partir de 1915. Earl
Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de
jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da
palavra "jazz" ser inventada".
Desde
o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o Jazz
produziu uma grande variedade de subgêneros, como o Dixieland da
década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o
Bebop de meados da década de 1940, o Jazz latino das décadas de
1950 e 1960, e o Fusion das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua
divulgação mundial, o Jazz se adaptou a muitos estilos musicais
locais, obtendo assim uma grande variedade melódica, harmônica e
rítmica.
Pagode
é um gênero musical brasileiro originado no Rio de Janeiro a partir
da cena musical do samba. Estilo musical mais comum nas favelas.
A
palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos
fundos de quintais cariocas que falavam sobre sentimentos (alegrias e
tristezas) das pessoas que lá moravam.
O pagode designa
festas, reuniões para se compartilhar amizades, música, comida e
bebida. Surge como celebração do samba em meados do século XIX e
se consolida no século XX no Rio de Janeiro. Mesmo antes já eram
celebradas estas festas em senzalas de escravos negros e quilombos.
Antigamente, pagode era considerado como festa de escravos nas
senzalas. No final da década de 1970, no Rio de Janeiro o termo
passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios
cariocas, nos calçadões de bares do Centro do Rio e da periferia,
regadas a bebida e com muito samba.
O
que nós conhecemos hoje como “pop” ou música popular
evoluiu na sociedade ao longo de muitas e muitas décadas. A
música pop,
que ouvimos nas rádios hoje, é uma mistura eclética de muitos
estilos diferentes de música – do jazz; rock and roll, rap, hip
–hop, entre outras. Artistas pop como Britney Spears , Justin
Timberlake, Outkast , Madonna, Maxwell e outros rotineiramente são
premiados com suas composições desse gênero musical. Esses
artistas estão constantemente reinventado a musica pop. Por esta
razão, a música pop tem ajudado a tornar a indústria da música em
uma empresa multibilionária de um ano para outro, e essa influência
se reflete em todas as formas de mídia de hoje, incluindo filmes,
jogos de vídeogame,
televisão e internet.
A música pop é também uma força cultural que ressoa em todo o
mundo.
A
música pop teve origem na década de 1890, e surgiu mais como uma
cultura global, que ganhou popularidade ao longo dos anos. Tornou-se
um sucesso instantâneo
com artistas como Fats Domino, Bing Crosby e Frank Sinatra. Ela
passou a atingir proporções épicas com Elvis Presley e os Beatles.
A
música pop nos anos 70 80 e 90 se transformou ainda mais como o
disco, acid rock , Dance, Techno e todos contribuíram com a sua
influência. Mas, talvez, a maior influência na música pop tenha
ocorrido a partir do Rap.
O
rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por
fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos
1970 por jamaicanos e outros. Eles introduziam as grandes festas
populares em grandes galpões,com a prática de ter um MC, que subia
no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando e encorajando
com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap. A origem do
Rap veio da Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram
os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos
para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos
"toasters", autênticos mestres de cerimônia que
comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das
favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de
falar, é claro, de temas mais polêmicos, como sexo e drogas. No
início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a
emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise
econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o
DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos
sistemas de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando
entre as classes mais pobres ate chegar a atingir a alta sociedade
O
reggae surgiu na Jamaica, na década de 60, tendo Bob Marley, cantor
e compositor, seu principal ícone. O nome “reggae” foi empregado
devido ao som que se faz na guitarra. O "re" seria o
movimento pra baixo, e o "gae", o movimento pra cima. O
reggae se caracteriza por cortes rítmicos regulares sobre a música
e pela bateria, que é tocada no terceiro tempo de cada compasso, em
outras palavras, se trata de um ritmo lento e dançante.
Esse
estilo musical surgiu baseado no movimento Rastafari. O Rastafari é
um movimento religioso jamaicano que dá a Haile Selassie I,
imperador da Etiópia, características messiânicas. Toda essa
crença, aliada ao uso da maconha e às aspirações políticas e
afrocentristas, ganhou adeptos no mundo inteiro devido ao interesse
no ritmo do reagge gerado por Bob Marley.
característica
principal da temática do reggae é a crítica social, envolvendo
questões sobre desigualdade, preconceito, fome e outros problemas
sociais. Além disso, existe a valorização das ervas entorpecentes,
pois segundo a visão Rastafari, elas poderiam trazer muitos
benefícios à sociedade. Porém, atualmente existem muitas outras
visões do reggae que não se restringem à cultura Rastafari,
envolvendo outros temas como o amor, sexo, etc.
Quando
se fala em rock and roll muitas pessoas tem um ponto de vista
equivocado. Elas logo pensam em roupas pretas,tatuagens e
letras demoníacas quando na verdade existem muitas
variações, e todas elas com seus prós e contras.
Mas
não se pode falar de banda de rock antes de saber como esse estilo
musical surgiu e como foi seu desenvolvimento através desses anos
todos.
O
Rock And Roll surgiu no final da década de 1950, sendo uma
derivação do Rhythm And Blues e da música
Country, além de ter fortes influencias do folk, jazz e
musica clássica No final da década de 1960 e
inicio da década de 1970 começaram a
surgir vários subgêneros todos derivados de
misturas de Rock com outros estilos musicais como a Folk Music.
Hoje
o Rock com todas as suas variações pode ser dividido
em vários gêneros desde o Rock cristão até o Heavy
Metal.
O período entre
1963 e 1974 foi conhecido como a Era De Ouro Do Rock. Entre os
grandes nomes dessa época estão The Beatles e The Who.
Do
inicio dos Anos 70 até o inicio da década de 1990 vários gêneros do
Rock se difundiram e se propagaram. Entre eles estão: Power Pop,
Rock Psicodélico, Progressivo, Glam Rock e, é claro, o Hard Rock e
o Heavy Metal.
O
samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos.
Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu,
mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem
fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir
batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura
negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a
ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos
anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música
brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda,
como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo
surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos,
como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando
origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu,
ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado.
O
subgênero musical “sertanejo” é totalmente brasileiro. Na
verdade, o sertanejo é uma variação ou uma “urbanização”, se
é que podemos assim dizer, da música caipira, onde são utilizados
instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como a viola,
o acordeão e a gaita, algo voltado para o público extremamente
rural do Brasil.
O
sertanejo se caracteriza pela melodia simples e melancólica das
músicas, bem semelhante à música caipira, talvez um pouco mais
dançante e sem dúvida, mais urbana. Enquanto a música caipira
tinha uma temática baseada na vida do campo, os sertanejos mudaram
essa temática para agradar o grande público das cidades, adotando
temas como amor e traição. Ocorreu o cuidado particular em se
evitar o termo “caipira”, visto com preconceito por grande parte
da população.
A
partir de 1980, houve no Brasil uma grande exploração comercial da
música sertaneja, começando com Chitãozinho & Xororó e
Leandro & Leonardo, passando posteriormente para uma grande
quantidade de duplas, tendo seu auge entre os anos de 1988 e 1990.
Após
esse período, a música sertaneja começou a “esfriar” devido ao
destaque dado na mídia à outros estilos musicais, como pop e funk,
porém sempre continuou bastante presente na região centro-sul do
Brasil. Por volta dos anos 2000, a música sertaneja conquistou novo
destaque na mídia através do amplo espaço cedido à nova geração
de duplas, como Bruno & Marrone, Edson & Hudson, etc.